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Urrah – Lobisomem: O Apocalipse

14/08/2014

Lobisomem: O Apocalipse é um jogo de horror selvagem. No entanto, selvageria não significa sempre estar em meio à natureza. Muitos lobisomens decidem viver em meio à cidade, onde Gaia agoniza. Esses Garou são conhecidos como urrah.
Algumas tribos são conhecidas por viverem bem nas cidades, como os Roedores de Ossos e os Andarilhos do Asfalto. Mas por que um lobisomem de outra tribo ESCOLHERIA viver em uma cidade? Tudo depende da inclinação pessoal do lobisomem, de sua missão pessoal – ou a de sua alcateia.

Cidades são vistas como lugares perigosos no Mundo das Trevas. Fome, miséria, loucura, violência, vício, ganância. Muitas formas diferentes de convites à entrada da Wyrm em um indivíduo – e muitas cicatrizes a serem curadas. Sejam as pessoas ou os espíritos, as cidades estão doentes. Como deixar um terreno propício para a proliferação de Malditos livre?

Trabalhar como lobisomem em uma cidade é uma tarefa árdua. A presença de tantas pessoas, tantas câmeras, torna o Véu difícil de ser mantido – e a discrição se torna uma habilidade necessária. Discrição e…. paciência. Se os lobos reagem negativamente à Fúria, o que esperar de uma multidão? Lobisomens podem ser vistos como pessoas suspeitas, mal encaradas, ou até mesmo ameaças sérias, pelo mero fato de estarem no lugar errado, na hora errada, com a Fúria exaltada. Se na natureza o Garou pode contar com seu faro e seu instinto, na cidade se torna providencial a capacidade de criar contatos, localizar informação e manter a cabeça no lugar. Mesmo um hominídeo que tenha vindo de regiões rurais se sentiria confuso nas imensas selvas de pedra.

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Se as habilidades necessárias são diferentes, o que dizer das ferramentas e do comportamento de um Garou de cidade? Fetiches costumam ser objetos de uso cotidiano. De latas de sopa usadas como braceletes a gravatas de fios egípcios tecidas a mão, o céu é o limite. Armas, no entanto, não podem ser livremente portadas sem uma permissão e motivo claro – e mesmo aquela maneiríssima klaive herdada do tio-avô Presa de Prata dedicada, se brandida em público, pode ser motivo para cadeia. Por esse motivo a ideia da discrição volta a ser importante. Armas urrah tendem a ser discretas ou totalmente diferentes daquilo que se esperaria de um lobisomem rural. Afinal de contas, os próprios espíritos que habitam as armas e instrumentos urbanos tendem a ser diferentes daqueles dos lobisomens rurais. Um caco de vidro com um espírito do silêncio pode ser uma ótima arma para assassinato, afinal de contas…

Outro grande desafio nas cidades é a Umbra. Muito mais difícil de ser acessada, ela reflete a realidade desestruturada, caótica e saturada das cidades, engessadas pelas aranhas da Weaver. A realidade dos dois lados pode ser tão profundamente diferente que a própria passagem entre os mundos sem uma prévia observação pode acarretar em viagens infernais a antros da Wyrm ou quedas de prédios e pontes que não existem do outro lado.

A própria sobrevivência em uma cidade funciona de forma diferente. Apesar de as seitas e caerns existirem, aqui e ali, em parques, nascentes de rios e lugares escondidos no coração da cidade, os lobisomens dependem de dinheiro, sem a facilidade da caça. Trabalho, abrigo e vestimenta se tornam preocupações adicionais, e um Ahroun muito frustrado pode ter de trabalhar de motoboy para pagar suas despesas no fim do mês.

Apesar das dificuldades, morar em uma cidade pode ser bastante recompensador. Cada melhoria feita em um bairro, cada espírito ajudado, cada pessoa salva da fome, é um passo a mais na recuperação de Gaia.

Autor: Emi
Fontes: Lobisomem: O Apocalipse 2ª Edição, Book of the City.

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