05/04/2013
Enquanto os Roedores de Ossos se misturam com as partes mais miseráveis das cidades e pensam em sua sobrevivência acima de qualquer coisa, os Andarilhos do Asfalto têm uma história diferente. Enquanto os Roedores tomaram o que puderam, os Andarilhos foram os Garou que decidiram seguir os homens no começo dos tempos e aprender seus truques e segredos. A evolução da humanidade acompanhou tropeços no mundo espiritual, aquietados e resolvidos por esses lobisomens curiosos, certos de que os conhecimentos do homem lhes seria útil.
No entanto, nada preparou os Andarilhos do Asfalto (naquela época conhecidos como Sentinelas dos Homens) para uma das maiores invenções daqueles macacos pelados: as cidades. A primeira delas, infestada de vampiros, queimou inteiramente. Os Andarilhos secretamente entristeceram-se por sua perda, e podiam sentir o espírito da Cidade nascendo na Umbra. Como um bebê, ele devia ser nutrido e conhecido.
Com o Impergium, a ideia de uma cidade para proteger os humanos dos perigos noturnos trouxe a tona outra vez o desejo por uma cidade. Os Andarilhos comemoraram, e a segunda cidade nasceu. As outras Tribos da Nação Garou, no entanto, não ficaram felizes: uma grande assembleia foi feita, e os Crias de Fenris e Senhores das Sombras ganharam o direito de arrasar suas construções e perseguir os humanos insolentes. Outra vez, o sonho dos Andarilhos foi destruído. Antes do fim da assembleia, os Filhos de Gaia decidiram levantar-se e ir contra a prática do Impergium, e como sabemos, conseguiram com a ajuda de seus aliados. Foi logo depois do final do Impergium que os Andarilhos passaram a se considerar uma Tribo, finalmente.
Com o status de Tribo, os Andarilhos do Asfalto sentiram-se livres para ajudar na construção de novas cidades, e mudar-se para elas de forma permanente. Assim como foram os Sentinelas dos Homens, agora se veem como os guardiões delas. Não que isso torne a Tribo nostálgica: as cidades tem uma função, a de proteger e evoluir. Se não há evolução ou ideias novas, as velhas já não servem mais. E nesse caso, os Andarilhos sentem-se obrigados a tocar fogo nas ideias – e prédios, e ruas, e cidades inteiras – velhos, para que as novas cresçam em seu lugar.
Por sua posição como mestres das cidades, os Andarilhos são os Garou que mais cruzam caminhos com vampiros, com quem tem um pacto de não agressão que é quebrado de tempos em tempos, e com os magos, herdeiros daqueles primeiros humanos que aprenderam a usar as ferramentas com os próprios espíritos. Isso gera a desconfiança das outras Tribos, mas os Andarilhos já não se importam: foram acusados tantas vezes de contribuírem com a Wyrm e serem seus vassalos, que os vampiros são o menor de seus problemas.
Segundo os Andarilhos, Gaia depende deles pela sua visão única quanto à Weaver. Enquanto os outros lobisomens se resignam, ou a combatem, os Andarilhos decidiram fazê-la fluir nos caminhos que eles desejam. Altamente organizados, esses lobisomens decidem agir como pastores, direcionando suas cidades e seus povos, facilitando o trabalho de desinfecção da Wyrm…em teoria.
Fonte: Livro de Tribo Andarilhos do Asfalto
Autora: Emi