05/05/2016
E navios podem singrar os céus?
Falamos aqui sobre a Cruzada dos Feiticeiros, um suplemento temático para Mago: A Ascensão, ambientado no período do Renascimento. Essa é uma era em que Deus sai do meio da criação e o foco se torna o Homem. Tempo de descobertas incríveis e que de certa forma são bases para nós até hoje.
Astronomia, biologia, anatomia, medicina, todas essas matérias tiveram saltos de entendimentos que, aliadas a uma nova lógica protestante, desenvolveu as ciências e o sistema bancário.
Aqui as coisas começam a ficar interessantes, pois não se deu um salto do pensamento medieval e suas superstições para um pensamento pragmático científico de uma hora para outra, ambos conviveram lado a lado. Na mesma tripulação de navegadores encontravam-se os que acreditavam que a Terra fosse plana e aqueles que acreditavam que fosse redonda, poções e sanguessugas são mais confiáveis para a cura do que outros procedimentos médicos e assim por diante.
E quando vamos falar de Mago? Bem, já estamos falando.
Os métodos antigos e aceitos, por mais que nos pareçam estranhos, exercem melhor efeito mágiko do que métodos mais modernos fora da práxis. Veja bem, um mago barbeiro é menos afetado pela realidade do que um mago engenheiro com uma máquina voadora.
Isso não quer dizer que magos com visão científica não possam existir – para falar a verdade, essa é a origem do que virá a ser chamado de Tecnocracia. E é também o período de cisão entre ciência e religião, mas também é uma época de caça às bruxas, de práticas pagãs ocultadas no cristianismo, de Inquisição, de reforma e contrarreforma religiosa, excomunhão de pensadores e uma nova maneira de ser cristão.
Essas são algumas das possibilidades de personagem, lembrando que o próprio Giordano Bruno era um frade e cientista ao mesmo tempo, foi condenado à fogueira pela Inquisição por quebrar o principal paradigma religioso, de que o universo era finito, e com isso, a Terra não poderia ser o centro de tudo. E esta é a grande ideia por trás da Cruzada dos Feiticeiros, a quebra dos paradigmas, a iluminação e a ascensão.
Se navios podem singrar os céus? Sim, é possível.